segunda-feira, 26 de novembro de 2007
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
General Tequila: rock para todos
“Um verdadeiro relógio suíço trabalhando, numa sincronia invejável, tanto intuitiva quanto treinada, pronta para tocar toda e qualquer circunstancia”. É assim que Cássio Amorim, vocalista da banda santista General Tequila, define seu grupo. Em meio às diversas dificuldades enfrentadas por qualquer banda em busca de sucesso, General Tequila se orgulha de ser pop. “Começamos o negócio a fim de ganhar dinheiro, por isso tocamos tudo o que é pop, tudo o que o público quer ouvir em qualquer circunstância, e para isso não tem limite”, afirma o guitarrista Andy.
Com 6 anos de estrada na noite e muito aprendizado, a banda já tocou em muitos bares, restaurantes, festas, “chimbocas”, ou seja, tudo que há de mais fino e tosco por aí. Começaram fazendo cover até chegarem às composições próprias. “Estamos aqui também para ganhar dinheiro, e a evolução do nosso trabalho faz parte desse propósito”, diz Júnior o baixista da General.
Influências variadas individuais e coletivas, em grande parte distante dos grandes ícones do rock mundial, ajudam a criar uma identidade própria que leva talvez interpretar a General Tequila como uma banda que toca música “gringa” com letras em português, concluindo-se que o som tem a cara de todo mundo. E é essa a pretensão.
Quanto ao preconceito por parte daqueles que se dizem roqueiros de verdade e criticam o tão popular “pop rock”, a General não se mostra incomodada. Para os integrantes é preciso tocar o que a maioria quer ouvir, nunca, é claro, deixando de lado a qualidade do bom som. Não estamos aqui para cultivar estéticas já valorizadas, e nem surfar nas novas onda da moda”, rebate Andy.
O rock é assim, feito para mudar o mundo. Mas toda mudança se baseia de dentro para fora, e é nisso que se baseia a obra dessa banda de Santos, que ainda não descobriu se é uma banda de “heavy pop”, “light rock”, ou o que quer que seja que se diga.
Sem cair na hipocrisia de dizer: “é rock sem rótulos”, é mais fácil dizer “ouça, descubra e defina”.
E finalmente o lançamento:
E é em meio a esse clima de maturidade musical que no próximo dia 14, a General lança seu primeiro CD num grande show na Capital Disco, em Santos. Repleto de autorias próprias, o primeiro trabalho vem concretizar esses 6 anos de história.
Conheça mais sobre a banda:
http://www.generaltequila.com.br/
http://myspace.com/generaltequila
Alan Graça e Luiza Lemos
domingo, 18 de novembro de 2007
A arte de viver da música

Juntar os amigos, montar uma banda, construir uma trajetória de sucesso, viver da música. Esse é o sonho de grande parte dos jovens. Mas como realizar esse sonho? Como construir essa trajetória? Como viver da música? Essas respostas se tornam cada vez mais difíceis de serem dadas, levando-se em conta a realidade do cenário musical atual.
Antigamente, se você tinha mesmo esse objetivo, somado a um evidente talento e muita força de vontade, as dificuldades para se firmar pareciam menores. Claro que, de início, era difícil encontrar uma gravadora ou empresário que apostasse na sua capacidade de produzir boa música e gerar lucros, mas quando conseguiam tal feito, eram praticamente “perpetuados”. Além disso, os músicos conseguiam manter sua identidade por terem uma ideologia, mantendo seu estilo musical sem precisar mudá-lo para atingir um público maior. Criavam seu próprio estilo.
As gerações dos anos 70 e 80 cresceram ouvindo bandas como Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, cantores como Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Ivan Lins, Vinícius de Moraes, Elis Regina, Maria Bethânia, Alcione, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano e Leonardo (da dupla com Leandro). Todos esses músicos continuam a fazer sucesso, até mesmo entre os mais jovens.
Se tal dificuldade é constatada em âmbito nacional, regionalmente seria diferente? Certamente que não. Assim como no resto do país, os músicos da Baixada Santista encontram grandes barreiras para mostrar seu talento. O principal impecilho está na parte financeira. O custo para a compra, manutenção de instrumentos e para a locomoção é alto. Além disso, é difícil encontrar um local em que o cachê pago cubra esse tipo de despesa. Geralmente grandes casas dão preferência a bandas já conhecidas, tirando a oportunidade das outras de se mostrarem.
Para cada Charlie Brown Jr. existe uma General Tequila, uma Carlos Bronson ou uma Trilha Sonora, bandas muito conhecidas regionalmente, mas que não conseguem transpor a regionalização. Essa realidade é mudada quando há um investimento, uma oportunidade. Exemplo evidente deste fato é o músico Caio Mesquita, que aos 17 anos de idade já lançou dois CDs e um DVD e vendeu mais que grandes bandas nacionais. Tentando seguir esse caminho, a Banda General Tequila lança seu primeiro CD no próximo mês. Esse será o tema do próximo artigo.
Sueli Alves e Isabella Carretero
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