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domingo, 18 de novembro de 2007

A arte de viver da música



Juntar os amigos, montar uma banda, construir uma trajetória de sucesso, viver da música. Esse é o sonho de grande parte dos jovens. Mas como realizar esse sonho? Como construir essa trajetória? Como viver da música? Essas respostas se tornam cada vez mais difíceis de serem dadas, levando-se em conta a realidade do cenário musical atual.

Antigamente, se você tinha mesmo esse objetivo, somado a um evidente talento e muita força de vontade, as dificuldades para se firmar pareciam menores. Claro que, de início, era difícil encontrar uma gravadora ou empresário que apostasse na sua capacidade de produzir boa música e gerar lucros, mas quando conseguiam tal feito, eram praticamente “perpetuados”. Além disso, os músicos conseguiam manter sua identidade por terem uma ideologia, mantendo seu estilo musical sem precisar mudá-lo para atingir um público maior. Criavam seu próprio estilo.

As gerações dos anos 70 e 80 cresceram ouvindo bandas como Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, cantores como Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Ivan Lins, Vinícius de Moraes, Elis Regina, Maria Bethânia, Alcione, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano e Leonardo (da dupla com Leandro). Todos esses músicos continuam a fazer sucesso, até mesmo entre os mais jovens.

Se tal dificuldade é constatada em âmbito nacional, regionalmente seria diferente? Certamente que não. Assim como no resto do país, os músicos da Baixada Santista encontram grandes barreiras para mostrar seu talento. O principal impecilho está na parte financeira. O custo para a compra, manutenção de instrumentos e para a locomoção é alto. Além disso, é difícil encontrar um local em que o cachê pago cubra esse tipo de despesa. Geralmente grandes casas dão preferência a bandas já conhecidas, tirando a oportunidade das outras de se mostrarem.

Para cada Charlie Brown Jr. existe uma General Tequila, uma Carlos Bronson ou uma Trilha Sonora, bandas muito conhecidas regionalmente, mas que não conseguem transpor a regionalização. Essa realidade é mudada quando há um investimento, uma oportunidade. Exemplo evidente deste fato é o músico Caio Mesquita, que aos 17 anos de idade já lançou dois CDs e um DVD e vendeu mais que grandes bandas nacionais. Tentando seguir esse caminho, a Banda General Tequila lança seu primeiro CD no próximo mês. Esse será o tema do próximo artigo.



Sueli Alves e Isabella Carretero

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá meninas!
Poxa, muito boa essa matéria. O blog inteiro está muito bom, mas essa matéria reflete bem o cenário musical brasileiro. Está muito bem argumentado.
Vocês escrevem muito bem. Parabéns!
Adraço,
Alberto Magalhães